sexta-feira, 27 de maio de 2011

Roteiro Aula Prática

*Comparação dos nomes anatômicos e zootécnicos para a prova de segunda-feira!!! Boa sorte meu povo! (:
OBS: clique na foto para ampliar *-*
Pulmões:
OBS: esse aqui é um bônus pra quem não conseguiu pegar os desenhos que a prof. explicou em aula (:

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Anatomia (aula 11)

Sistema Respiratório: conjunto de estruturas cuja função primordial é a respiração, mas também atua na termorregulação e olfato.
Narina>Cavidade Nasal>Faringe>Laringe>Traqueia>Brônquios>Bronquíolos>Pulmões.
OBS:
- animais braquiocefálicos são aqueles que têm a maior parte dos ossos nasais compactados (ex: bulldog francês);
- hematose é a troca de gases respiratórios (O2 por CO2 nos alvéolos);
- são os alvéolos que fazem o pulmão ser aerado.
OBS: imagem retirada da internet.
Divisão do Sistema:
1) Porção Condutora: narinas>vestíbulo nasal>cavidade nasal>faringe>laringe>traqueia>brônquios>bronquíolos terminais.
2) Porção Respiratória: brônquios respiratórios>ductos alveolares>sacos alveolares>alvéolos pulmonares.
Mecanismo de Bombeamento: ar inspirado e expirado do sistema; composto por 2 sacos pleurais (câmaras de vácuo - amplitude e contração); localizado no esqueleto do tórax, músculos e diafragma.
I. Nariz: responsável pelo olfato; incorporado ao esqueleto da face; o formato varia de acordo com o animal: no equino o nariz é revestido por pelos, no cão/bovino/suíno é destacado no rosto. É constituída por cartilagens que são responsáveis pela sustentação formando a âncora acessória no cão/gato/suíno/bovino e cartilagem alar nos equinos.
II. Vestíbulo Nasal: porção mais rostral e dilatada das fossas nasais; presença de pêlos e glândulas que secretam muco (para umidificar o ar para os pulmões). Delimitação: rostral (narinas), ventral (coanas), dorsal e lateral (ossos), medial (vômer e septo).
III. Conchas Nasais: funções de olfação, filtração, aquecimento e umedecimento; entres as conchas encontram-se os meatos nasais e o vômero nasal.
OBS: Grau de Olfação: macrosmáticos (alta capacidade de sentir cheiro - ex: cães e gatos); microsmáticos (baixa capacidade de sentir cheiro - ex: humano); anosmáticos (não sentem cheiro - ex: aves exceto as de rapina, beija-flor e baleia).
IV. Faringe: liga a cavidade nasal à laringe; funções: orofaringe (digestória) e nasofaringe (olfatória).
V. Laringe: liga-se com a traqueia; funções: passagem do ar, fonação e proteção. OBS: o suíno come e repira ao mesmo tempo. É na laringe que se encontra a epiglote. É formada por cartilagens: ímpares (epiglote, tireóide e cricóide) e pares (aritenóides, corniculadas e cuneiformes). Músculos: extrínsecos (move toda a laringe - liga cartilagens à estruturas vizinhas) e intrínsecos (move parte da laringe - liga cartilagens à cartilagens).
VI. Traqueia: presença de glândulas que abrem no lúmem; transporta ar (da laringe aos brônquios); divisão feita em torácica e cervical; possui bifurcação.
VII. Brônquios: primeiras ramificações da traqueia (brônquio principal); brônquios lobares; brônquios segmentares; brônquios subsegmentares.

http://oncologia12b.do.sapo.pt/CancroPulmao/cancropulmao.html
VIII. Bronquíolos: intralobulares (bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares).
IX. Saco Alveolar e Alvéolos: últimas porções da "árvore".
X. Pulmões: função de respiração; tem colorção rósea avermelhada; localização: tórax; separados em segmentos chamados lobos pulmonares (diferença entre os animais).
OBS: clique na imagem para ampliar.
Vascularização e Inervação:
VD>tronco pulmonar>aa pulmonares direito/esquerdo>pulmões
veias pulmonares>AE>nervo vago e ramo do nervo>plexo pulmonar

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Anatomia (aula 10)

Sistema Nervoso: é o sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação dos órgãos, e constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano (ou outro animal) é vulgarmente tratado de sistema nervoso. Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e desempenham papéis importantes na coordenação motora. Todas as partes do sistema sensorial de um animal são feitas de tecido nervoso e seus estímulos são dependentes do meio.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso

Divisão:
1) Sistema Nervoso Central: dentro de um arcabouço de ossos. Constituído por: encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula (vértebras - canal medular).
2) Sistema Nervoso Periférico: parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central. Constituído por: nervos (craniais e espinhais), terminações nervosas (receptores e efetores) e gânglios.

Funções:
1) Somático: aferente (sensitivo), eferente (motor).
2) Visceral (Sistema Nervoso Autônomo): aferente (sensitivo – leva a informação), eferente (motor – resposta). É dividido em Simpático (toracolombar) e Parassimpático (craniosacral).

Divisão Embriológica: a origem do sistema nervoso é o ectoderma, pois seu espessamento forma a placa neural que produz o sulco neural que passa pelo tubo neural. A divisão se dá por 3 vesículas: prosencéfalo (dá origem ao cérebro através da divisão do prosencéfalo em telencéfalo e diencéfalo); mesencéfalo (que continua mesencéfalo); romboencéfalo (através de sua divisão em metencéfalo e mielencéfalo viram cérebro/ponte e bulbo respectivamente).
As cavidades são denominadas ventrículos: laterais (derivam do telencéfalo), terceiro ventrículo (deriva do diencéfalo), quarto ventrículo e o arqueduto.

Cerebelo: porção do encéfalo (derivado do metencéfalo) que tem por função o equilíbrio, aprendizagem motora e controle do tônus muscular; possui hemisférios cerebelares; possui substância branca e cinza; localizado dorsalmente ao bulbo e à ponte.

http://neuralsystem.blogspot.com/
OBS: é um encéfalo humano, infelizmente não achei um de cão ):

Telencéfalo: possui hemisférios cerebrais direito e esquerdo separados pela fissura longitudinal do cérebro; possui corpo caloso e 3 pólos: occipital, frontal e temporal.

Medula Espinhal: porção do sistema nervoso central; é uma massa cilíndrica; o bulbo é encontrado cranialmente e o limite caudal é o cone medular (filamento terminal), sendo finalizado pela cauda equina. Divisão: cervical, torácica, lombar, sacral e caudal.
Meninges: membranas fibrosas que envolvem e protegem o cérebro e a medula. Tipos: 1) Leptomeninge (fina): pia-máter (membrana mais interna) e aracnoide (grudada na dura-máter é o espaço subdural, aracnoide é dividido em 2 partes a + interna é subaracnóideo, em que encontra-se o LÍQUOR). 2) Paquimeninge: dura-máter (+ espessa e superficial – é um tecido conjuntivo rico em colágeno tornando-o resistente).
OBS: meninges espinhais.
OBS: meninges cranianas.
Sistema Nervoso Periférico: formado por gânglios (grupos de corpos de neurônios fora do sistema nervoso central); ocorre dilatação de nervos e raízes nervosas.
Nervos: cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas, unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos reforçados por tecido conjuntivo, axônios, feixes de fibras nervosas e nervos. Bainhas conjuntivas: epineuro (+ externo), perineuro, endoneuro (+ interno).
Tipos: 1) Nervos Cranianos: emergem do encéfalo (12 pares)*.
* I Par: olfatório, II Par: óptico, III Par: oculomotor, IV Par: troclear, V Par: trigêmio, VI Par: abducente, VII Par: facial, VIII: vestíbulo-coclear, IX Par: glossofaríngeo, X Par: vago, XI Par: acessório, XII Par: hipoglosso.
2) Nervos Espinhais: emergem da medula (pares de acordo com o número de vértebras).

Neurônio: célula do sistema nervoso; conduz impulsos por irritabilidade e condutibilidade. Divisão: corpo celular (sistema nervoso central ou gânglio), prolongamentos (dendritos e axônios).
Tipos: multipolar (mais comum), bipolar (via óptica e olfatória) e pseudounipolar (encontrada na via aferente). Funcional: sensitivo (recebe o estímulo – bipolar;pseudounipolar), motor (envia resposta - multipolar), associação (integra a via sensitiva e motora – pseudounipolar, é a que leva a mensagem ao sistema nervoso central/encéfalo, provocando consciência/reflexo).
Arco Reflexo: mover de volta, caminho percorrido pelo estímulo do receptor (aferente - sensitivo) até o efetor (eferente - motor). R–E = receptor – efetor. Componentes: receptor, neurônio sensitivo (aferente - receptor), sinapse, neurônio efetor (eferente - motor). Tipos: 1) Arco Reflexo Simples (somático VOLUNTÁRIO – músculo estriado esquelético). 2) Arco Reflexo com Neurônio de Associação (somático VOLUNTÁRIO). 3) Arco Reflexo Visceral (com gânglio).



Sistema Nervoso Visceral (INVOLUNTÁRIO): fibras aferentes (conduzem impulso – aferente, é inconsciente), impulsos viscerais (tornam-se conscientes). A sensibilidade visceral é mais difusa que a somática. Funções: aferente (sensitivo – conduz impulsos) e eferente (motor – musculatura lisa, estriada cardíaca e glândulas).
Sistema Nervoso Autônomo: faz parte do sistema nervoso visceral. Tipos: 1) Simpático: tóraco-lombar; pré curta e pós longa; corresponde a luta e fuga. Substâncias Farmacológicas: adrenalina e noroadrenalina. 2) Parassimpático: crânio-sacral; pré longa e pós curta; corresponde ao freio. Substância farmacológica: acetilcolina.

Diferenças entre os 2 tipos de sistema nervoso periférico:
S.N.Somático X S.N.Visceral
m.esquelético m.cardíaco/m.liso/glândulas
VOLUNTÁRIO INVOLUNTÁRIO
1 neurônio 2 neurônios
SNC – efetor SNC – efetor

(pré SNC, pós gânglio)

Anatomia (aula 9)

Músculo: responsável pelos movimentos corporais. Constituído por células alongadas com filamentos citoplasmáticos responsáveis pela contração. Nos mamíferos existem 3 tipos principais: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético.
http://www.webciencia.com/11_28musculos.htm

1) Músculo Liso: aglomerado de células fusiformes (um núcleo central) sem estrias transversais; contração lenta e involuntária; visceral. Ex: estômago, intestino, bexiga, traqueia, esôfago.
2) Músculo Estriado Cardíaco: células alongadas e ramificadas; apresenta estrias transversais; contração vigorosa, involuntária e rítmica. Ocorre no coração (miocárdio). Um único núcleo no centro da célula com discos intercalares para sustentar a musculatura.
3) Músculo Estriado Esquelético: células multinucleadas (núcleos encontrados nas periferias da célula) cilíndricas alongadas; com estrias transversais; contração rápida, voluntária e vigosa. Ex: face, braços, pernas, língua, etc.

Constituição do Músculo:
actina e miosina -> filamentos -> miofibrilas -> fibra muscular -> músculo
OBS: O revestimento do músculo estriado esquelético se dá por fibras musculares denominadas: endomísio (tecido conjuntivo que reveste e protege - + interno), perimísio e epimísio (fibras agrupadas - + externo). Se for no músculo estriado esquelético: endocárdio (parede interna), miocárdio e epicárdio (externa).
Sarcômero (miômero): é um dos componentes básicos do músculo estriado que permite a contração muscular. Cada sarcómero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quais actina e miosina, alinhados em série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior das células musculares. As proteínas dos sarcómeros organizam-se em bandas com características particulares, que ao microscópio dão um aspecto estriado ao músculo esquelético e ao músculo cardíaco. O músculo liso organiza-se de uma forma diferente, e não possui sarcómeros.

http://www.afh.bio.br/sustenta/Sustenta4.asp

Componentes Anatômicos: ventre, tendão, aponeurose (tendão laminar).
Estruturas Anexas: sesamóides (desviam o tendão afastando-o do osso), retináculos (agrupam tendão e osso), bainha sinovial (envoltório do tendão), bolsa (amortecedor entre os ossos e tendões).
OBS: a bainha sinovial e a bolsa servem para proteger e possuem o líquido sinovial para amortecer movimentos.
OBS: Fascia Muscular é a bainha conjuntiva responsável pela contensão do músculo durante a contração, permitindo melhor deslizamento entre eles.
Classificação por:
1) Número de Cabeças: cabeças independentes e cauda em comum. Tipos: bíceps (2 cabeças cada uma ligada ao seu tendão com um tendão na cauda); tríceps; quadríceps (ex: coxa).
2) Número de Ventres: ventres musculares ligados por uma intercecção tendínea terminados por tenção. Tipos: digástrico (ex: músculo da mandíbula que tem 2 ventres); poligástrico (abdômen). 3) Ação e Reação: agonista (músculo que inicia o movimento - ex: bíceps braquial); antagonista (se opõe ao movimento inicial - ex: tríceps); sinergista (colabora no movimento - ex: músculo braquial); fixadores (músculos que sustentam e fixam a articulação); extensor (craniolateral); flexor (médiocaudal).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Histologia (aula 6)

Tecido Muscular: tecido caracterizado pela sua contratilidade comandados pelo sistema nervoso (capacidade de se contrair segundo estímulos utilizando ATP) e pela sua excitabilidade ( capacidade de responder à estímulos nervosos).

As células desse tecido são de origem mesodérmica e alongadas com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos. Essas células são os mioblastos (célula jovem) que se tornam miócitos (célula adulta). Os componentes das células musculares são: sarcolema ("membrana celular"), sarcoplasma ("citoplasma") e retículo sarcoplasmático ("retículo endoplasmático"). O tamanho dessas células é variável dependendo da idade, sexo, dieta, raça etc.
Existem 2 tipos de Tecido Muscular: o estriado (esquelético e cardíaco) e o liso.

1) Tecido Muscular Estriado Esquelético: é o músculo que envolve os ossos formado por fibras musculares cilíndricas, finas e que possuem células alongadas multinucleadas (miócitos/fibras musculares) com núcleos periféricos de contração rápida, forte e VOLUNTÁRIA. Ex: músculos da face, braços, pernas, lingua etc. Há grande quantidade de mitocôndrias nessas células, pois necessita gerar grande quantidade de energia (ATP) para poder contrair-se.
O Tecido Conjuntivo que envolve os músculos é chamado de fáscia (epimísio). Curiosidade: quando há rompimento de algum ligamento do joelho, a fascia lata é utilizada para reconstruir esse ligamento rompido ou para construir um novo ligamento.
Fibras Musculares: epimísio (tecido que envolve as fibras musculares - fascia), perimísio (tecidos que divide a fibra em feixes, envolvendo-os), endomísio (tecido que envolve as células musculares - lâmina basal).
Tipos de Fibras Musculares:
1) Tipo I (vermelha/fibra lenta): contém mioglobina (proteína responsável pelo armazenamento de oxigênio e pela cor vermelha); rica em sarcoplasma; contrações contínuas; ocorre em mamíferos marinhos e em aves migratórias. Ex: pato, ganso, falcão, baleia, golfinho etc.
Curiosidades: Nas aves migratórias está presente principalmente no peito, pois ficam muito tempo voando, necessitando então de maior reserva de oxigênio nessa região.
2) Tipo II (branca/fibra rápida): divididas em subtipos A, B e C; contrações rápidas e descontínuas.
O Movimento: As fibras musculares são altamente vascularizadas; cada fibra muscular apresenta contato com uma terminação nervosa (nervo). O contato da fibra muscular com a fibra nervosa é chamado de Placa Motora. O citoplasma é preenchido por miofibrilas paralelas responsáveis pela contração muscular, cada miofibrila pode ser chamada de sarcômero: um dos componentes básicos que permite a contração muscular e constituído por um complexo de proteínas (actina e miosina - o deslizamento da primeira sobre a segunda refere-se à contração muscular). O cálcio é importante para a contração, pois facilita esse deslizamento.
A Sinapse: região de comunicação entre o neurônio e a célula muscular através de neurotransmissores. As estruturas (neurônio e célula muscular) estão próximas, mas o contato físico não ocorre. Há um espaço entre elas (fenda sináptica) em que os neurotransmissores (acetilcolina - acetilCOA) são liberados pelo axônio estimulando os receptores, assim transmitindo o impulso nervoso. A acetilcolina é responsável por levar a informação de contração aos receptores, o cálcio ajuda a liberar a acetilcolina.
OBS1: Acetilcolinesterase: controla a produção de acetilcolina através da quebra desta; existentes nas hemácias; sinapses (terminações nervosas) e músculos estriados.
OBS2: Botulismo: causado por uma bactéria chamada Clostridium botulinum, que em ambientes de pouco oxigênio produz a toxina botulínica, que causa paralisia muscular (a toxina bloqueia os receptores da acetilcolina, impedindo o contato entre eles, assim a informação de contração não chega e as fibras musculares permanecem relaxadas (paralisadas) fazendo com que o animal morra por falta de ar.
2) Tecido Muscular Estriado Cardíaco: forma a camada muscular do coração, conhecida por miocárdio.
Comparação entre músculos estriados esquelético e cardíaco = ambos são estriados e possuem filamentos de actina e miosina que são utilizadas no movimento (contração que consiste no deslizamento da actina sobre a miosina). O músculo cardíaco possui contrações INVOLUNTÁRIAS controladas pelo sistema nervoso autônomo e o músculo esquelético possui contrações VOLUNTÁRIAS controladas pelo sistema nervoso central.
3) Tecido Muscular Liso: é a musculatura de contração INVOLUNTÁRIA E LENTA, composta por células fusiformes mononucleadas. Ocorre em órgãos cavitários (trato gastrointestinal - traqueia, esôfago, estômago, intestino e bexiga), em vasos sanguíneos, útero e onde ocorrer contrações peristálticas. As células do músculo liso podem também reagir a estímulos vindos de células vizinhas ou a hormônios (vasodilatadores por exemplo), nessas células os canais de cálcio induzem a contração.
A principal diferença entre o tecido muscular liso e esquelético é a contração. No liso é INVOLUNTÁRIA (comandada pelo sistema nervoso autônomo) e no esquelético é VOLUNTÁRIA (comandada pelo sistema nervoso central).

Histologia (aula 5)

Tecido Adiposo: tipo especial de tecido conjuntivo com predominância de uma célula denominada adipócito.

Características: células bem unidas; pouca matriz extracelular produzida (colágeno); responsável pelo depósito de energia (gordura, triglicerídeos - entre as refeições); presente em vários locais do organismo: tecido subcutâneo, perienal, pericárdio, cavidades abdominal e torácica, mesentério; originam-se de lipoblastos (mesênquima). EM QUANTIDADE VARIADA!
Adipócito: célula do tecido adiposo que se origina através do lipoblasto. Suas funções são produção de energia, modelamento da superfície cutânea, absorção de impactos, isolamento térmico, posicionamento de vísceras e preenchimento de espaços.
Tipos de Tecido Adiposo: NÃO OCORRE TRANSFORMAÇÃO DE UM TIPO EM OUTRO!
1) Amarelo (comum/unilocular): possui uma única gotícula de gordura no citoplasma; tecido bem vascularizado; uma de suas funções é o isolamento térmico.
Características: coloração branco amarelada (dependendo da espécie/dieta); formação do panículo adiposo (capa de gordura subcutânea - sob a pele); células grandes sustentadas por lâmina basal e fibras reticulares (vasos e nervos - grande vascularização e inervação). GANHA-SE COM O TEMPO!
Histofisiologia: origem dos triglicerídeos pela absorção alimentar (quilomícrons - capilares linfáticos e sanguíneos que provocam a lipase nos adipócitos), A hidrólise de triglicerídeos é feita por estímulos nervosos e hormonais, liberando triglicerídeos no sangue que se ligam com a albumina (sangue) sendo assim fonte de energia para tecidos e órgãos. Obtem-se insulina (hormônio pancreático) pela síntese de ácidos graxos a partir da glicose e penetração da glicose na célula adiposa. Outros hormônio que reagem são: do crescimento, glicocorticóides, prolactina e da tireóide (T3 e T4). Ordem da mobilização de gordura: subcutâneo, mesentério e peritônio.
2) Marrom/Pardo (multilocular): contém várias gotículas de gordura de tamanhos variados no citoplasma; é mais vascularizado que o amarelo.
Características: coloração parda (por causa da alta vascularização); contato direto com terminações nervosas; NÃO OCORRE NEOFORMAÇÃO APÓS O NASCIMENTO; importante para animais que hibernam; termorregulação em seres humanos recém nascidos (produção de calor através da substância termogenina - hormônio noroadrenalina acelera a oxidação de ácidos graxos) para o aquecimento do sangue sem ativação de ATP; caso necessário, mobilização de gordura em períodos de transferência para outros tecidos a fim de ser utilizado como energia, casos: jejum prolongado, frio e atividades intensas.
Hibernação: ocorre ativação do tecido adiposo multilocular; “acendedor” de outros tecidos; importante em animais selvagens; humanos - proteção do recém-nascido (termorregulação).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Histologia (aula 4)

Células do Tecido Conjuntivo: fibroblastos e fibrócitos; macrófago, mastócito e plasmócito (tipos de leucócitos); adipócitos.

Fibroblastos: células alongadas com alto poder de migração, principal produtor de colágeno e sintetizador de fibras colágenas, reticulares e elásticas, proteoglicanos e glicoproteínas. Há a proliferação em casos de inflamação e cicatrização.

Fibrócito: forma adulta do fibroblasto, célula de reserva com função de produção de colágeno caso necessário. É uma célula menor com menos prolongamentos e se preciso, por estímulo, pode sintetizar fibras de colágeno assumindo a estrutura do fibroblasto. Ex: Miofibroblasto - presentes na cicatrização, através de contrações, faz com que a cicatriz seja a menor possível.

Macrófago: presentes em tecidos muito propensos à patógenos: fígado, intestino, pele, pulmão, trato gastrointestinal. Com função de eliminar patógenos e tecido morto por fagocitose. Atua em processos imunológicos, presentes em locais estratégicos sinalizam a presença de corpos estranhos, ativando o processo imunológico (outras células produzem o anticorpo). Os macrófagos formam o sistema fagocitário mononuclear = monócitos (célula precursora produzida na medula óssea, baço e linfonodos) + macrófagos.

Mastócitos: células de proteção ativadas em processos alérgicos. Contém grânulos no citoplasma e se originam na medula óssea, abundantes na pele e no intestino - localização perivascular. Produz histamina (substância que gera vasodilatação para maior chegada de células de defesa pelo sangue/impede a produção de muco e aumento de produção de ácidos no estômago), heparina (evita coagulação), sulfato de condritina e fator quimiotático de eosinófilos na anafilaxia.

Plasmócitos (linfócito B): células redondas responsáveis pela produção de anticorpos, pouca quantidade na maioria dos tecidos conjuntivos, abundantes na mucosa intestinal (por causa da penetração de bactérias e proteínas estranhas), núcleo em posição excêntrica, secretam anticorpos (imunoglobulinas).

Adipócitos: são células que armazenam lípidos e regulam a temperatura corporal.

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Tipos de Tecido Conjuntivo:
1) Frouxo: tecido muito comum que preenche espaços entre as fibras e feixes musculares e é a camada em torno de vasos; tecido delicado, flexível e pouco resistente encontrado em camadas superficiais da derme servindo de apoio para epitélios.
2) Densos: fibras compactas bem resistentes e menos flexíveis encontradas por exemplo nos tendões e na derme. Existem 2 tipos: modelado (feixes paralelos - tendões) e não modelado (feixes sem orientação fixa - derme).

Características do Tecido Conjuntivo: sustentação, preenchimento, armazenamento, transporte, defesa e reparação tecidual (cicatrizes). Sistema imunológico e processo inflamatório.

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OBS:
SENSIBILIDADE DO TECIDO CONJUNTIVO
- Cortisol: inibição da síntese de colágeno.
- Hipotireoidismo: acúmulo excessivo de proteoglicanos.
- Deficiência de vitamina C (escorbuto): inibição da síntese de colágeno por fibroblastos.
- Colagenase (enzima): produzida por células do conjuntivo e bactérias específicas (Clostridium – gangrena gasosa).

Histologia (aula 3)

Tecido Conjuntivo
originado no mesênquima, com a principal função de preencher espaços vazios e fazer a ligação de órgãos e de tecidos diversos, sustentação, transporte e defesa.
As características do tecido conjuntivo são o oposto do epitelial = células bem separadas e MUITA matriz extracelular.

A matriz é formada por 3 partes: fibras (colágenas, reticulares e elásticas), substância fundamental (glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas) e camada de solvatação (água).

Fibras: todas são formadas por colágeno (proteína mais abundante). Existem vários tipos de colágeno nomeadas pelo número. Ex: a mais comum é encontrada no tendão que é do Tipo I. As células que produzem o colágeno são denominadas fibroblastos (pele, tendão, ligamento), odontoblastos (dentes), condroblastos (cartilagem), osteoblastos (ossos) etc, e as fibrilas são pequenas estruturas que formam as fibras.
Fibras Colágenas: compostas pela proteína colágeno. Localizam-se geralmente em tendões e em volta de músculos ou nervos. Na derme, são as fibras colágenas que dão resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue quando esticada. Ex: a pele do boi é mais rígida que a humana, pois p colágeno da derme é mais rígido.
Fibras Reticulares: mais finas e delicadas que proporcionam rigidez formando apoio para as células (rede). Formam o arcabouço de sustentação. Ocorrem em tecidos maciços e em órgaos que tem relação com o sangue, como a medula óssea vermelha, o baço e os linfonodos. São importantes em órgãos que apresentam modificações fisiológicas, como artérias, útero, baço, intestino.
Fibras Elásticas: compostas por elastina (glicoproteína), fibras elaunínicas (pele) e oxitalânicas (tendões). São produzidas nos fibroblastos e células musculares lisas e são responsáveis pela elasticidade do tecido, prendendo a pele aos músculos subjacentes como por exemplo: nos pulmões, parede dos vasos sanguíneos, pele, bexiga, útero, vagina, ânus. Na derme, quando puxamos a pele e depois a soltamos, são as fibras elásticas as responsáveis por devolver à pele sua forma inicial. O rompimento dessas fibras na pele resultam no aparecimento das estrias.

Substância Fundamental: (faz parte da matriz extracelular) gel incolor muito hidratado que preenche os espaços entre as células e as fibras do tecido conjuntivo. Ocorre mais em cartilagem e é veículo para passagem de íons e moléculas e também é barreira contra microorganismos. É constituído por proteoglicanos, glicosaminoglicanas sulfatadas (resistem às forças de compressão - constituição de ossos longos), glicoproteínas adesivas (fibronectina e laminina - adesão entre as células e presentes na lâmina basal), colágeno e GAGs.

Histologia (aula 2)

Tecido Conjuntivo: diversos tipos de células, separadas por abundante material intercelular, sintetizado por elas. A riqueza em material intercelular é uma de suas características mais importantes. A combinação de proteínas fibrosas (fibras colágenas, reticulares e elásticas – parte estruturada) com substância fundamental amorfa (SFA – parte não estruturada) constitui a matriz extracelular. Presença de fluído tecidual banhando as células, fibras e SFA.

Origem: mesoderma -> mesênquima -> tecido conjuntivo

Funções: sustentação, preenchimento, defesa do organismo, nutrição e transporte, armazenamento, reparação.

Células: fibroblastos e fibrócitos (produção de moléculas da matriz extracelular = fibras e SFA), macrófagos (fagocitose de substâncias estranhas e bactérias, processadora e apresentadora de antígenos, secreção de citocinas e fatores quimiotáticos que participam da inflamação) e sistema fagocitário mononuclear, mastócitos (liberação de moléculas farmacologicamente ativas, participação em reações alérgicas), plasmócitos (produção de anticorpos), leucócitos, adipócitos (estocagem de gordura neutra, reserva de energia, produção de calor).

Fibras: colágenas, reticulares e elásticas.

Substância Fundamental Amorfa (SFA): mistura molecular complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas. Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo, é viscosa, incolor e atua como lubrificante e como barreira à penetração de microorganismos invasores.

OBS: glicoproteínas multiadesivas = compostos de proteínas ligadas às cadeias de glicídios que se ligam com proteínas receptoras (integrinas) presentes na superfície das células, bem como outros componentes da matriz, fornecendo força tênsil e rigidez à matriz.

OBS 2: além da SFA existe nos tecidos conjuntivos uma pequena quantidade de fluído tecidual que é semelhante ao plasma sanguíneo quanto ao seu conteúdo em íons e substâncias difusíveis.

Tipos de Tecidos Conjuntivos: propriamente dito (frouxo, denso modelado e não modelado), com propriedades especiais (adiposo, elástico, reticular e mucoso), de suporte (cartilaginoso e ósseo).


Tecido Cartilaginoso: flexibilidade e resistência.

Células (Histogênese): células mesenquimatosas indiferenciadas retraem-se, multiplicando-se e formando aglomerados de condroblastos, provocando a síntese da matriz, separando os condrocitos dentro de lacunas por material extracelular, mantendo a integridade da matriz cartilaginosa.

OBS: a diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia; o mesênquima superficial forma o pericôndrio (tecido conjuntivo denso rico em fibras colágeno tipo I na superfície e em células condrócitos à medida que se aproxima da cartilagem).

Funções do Tecido Cartilaginoso: suporte de tecidos moles; revestimento de superfícies articulares (absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações); é essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos (ossificação endocondral) na vida intra uterina e após o nascimento.

Constituição: 1) da matriz extracelular: SFA (macromoléculas de proteoglicanos + ácido hialurônico + glicoproteínas). 2) das fibras: colágenas e elásticas. Dão flexibilidade (colágeno + elastina), consistência firme (glicosaminoglicanos sulfatados + colágeno) e turgidez (grande quantidade de moléculas de H2O presas aos glicosaminoglicanos). 3) dos condroblastos: revestem a cartilagem hialina (exceto articulares) e elásticas; ausente em cartilagens fibrosas; fonte de novos condrócitos para o crescimento da cartilagem; responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos das cartilagens, por conter vasos sanguíneos e linfáticos inexistentes no tecido cartilaginoso.

Tipos de Cartilagem: dependendo do tipo de fibras colágenas e da presença ou não de fibras elásticas, a cartilagem pode ser: 1) hialina (azul na lâmina, presente no disco epifisário, parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, extremidade ventral das costelas, recobre as superfícies articulares dos ossos longos); 2) elástica (rosa na lâmina, encontrado no pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote, cartilagem cuneiforme e corniculada da laringe); 3) fibrocartilagem (tecido conjuntivo denso, presença de fibroblastos e condrócitos intermediários ao tecido conjuntivo denso e cartilagem hialina, presença de SFA, fibras colágenas tipo I, ausência de pericôndrio; encontrada em discos intervertebrais, pontos de tendões e ligamentos que se inserem nos ossos e na sínfise pubiana).

OBS: os discos intervertebrais: localizados entre os corpos das vértebras e unidos a elas por ligamentos; formados por 2 componentes: anel fibroso e núcleo pulposo (o jovem tem mais e vai sendo substituído por fibrocartilagem); funcionam como coxins lubrificantes que previnem o desgaste dos ossos e vértebras durante movimentos; o núcleo pulposo, rico em ácido hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se fosse uma almofada, protegendo as vértebras contra impactos.

Regeneração: a cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade e, frequentemente, de modo incompleto, salvo em animais jovens . No animal adulto, a regeneração se dá pela atividade do pericôndiro que, havendo fratura, as suas células invadem a área fraturada e dão origem ao tecido cartilaginoso que repara a lesão ou, quando a área destruída é extensa, o pericôndrio, em vez de formar o novo tecido cartilaginoso, forma uma cicatriz de tecido conjuntivo denso.

Histologia (aula 1)

Tecido Epitelial: células poliédricas, justapostas; pouca substância intercelular; capacidade de coesão.

Origem: 1) ectodérmica: pele e algumas cavidades naturais; 2) endodérmica: tubo digestivo, inclusive suas glândulas (pâncreas e fígado) e árvore respiratória; 3) mesodérmica: rim e endotélio dos vasos.

Funções: revestimento de superfícies (epiderme e epitélio do ovário), revestimento e absorção (epitélio do intestino), secreção (glândulas), sensorial (epitélios), contração (células mioepiteliais).

Características Gerais dos Epitélios: células epiteliais, ausência de substância intersticial, presença de lâmina basal (lâmina reticular e membrana basal), coesão entre as células*, polaridade das células.

*A coesão entre as células são dadas pelas seguintes estruturas: 1) glicoproteínas do glicocálice; 2) íon cálcio (proteínas da família da caderina que são inativadas na ausência de Ca2+); 3) junções intercelulares: estruturas associadas à membrana plasmática que contribuem para a coesão e comunicação entre as células. São feitas por caderinas ou por outras estruturas como junções estreitas ou zônulas de oclusão (impedem o movimento de materiais entre as células = vedação), junções comunicantes ou junções GAP (formadas por proteínas = conexinas que se organizam em hexâmeros em torno de um poro hidrófilo = conexon), desmossomo ou mácula de adesão (em forma de disco, proteínas da família da caderina participam da adesão provida pelo desmossomo e inativado na ausência de Ca2+), hemidesmossomo (encontrados na região entre as células epiteliais e a lâmina basal, as placas de ancoragem possuem proteínas da família da caderina).

OBS: no ponto de vista funcional, as junções podem ser classificadas como junções de adesão (zônulas de adesão, desmossomo, hemidesmossomo), junções impermeáveis (zônulas de oclusão) e junções de comunicação (junções GAP comunicantes).

Lâmina Basal: superfície de contato entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo; visível ao microscópio eletrônico; constituída por colágeno tipo IV, glicoproteínas e proteoglicanos; quando intimamente associada às fibras reticulares do tecido conjuntivo forma a lâmina reticular. Funções: papel estrutural nas células; regula a proliferação e diferenciação celular, ligando-se à fatores do crescimento; influencia no metabolismo celular; organiza as proteínas das membranas plasmáticas de células adjacentes, afetando a transdução de sinais através destas membranas; serve como caminho e suporte para a migração de células; necessária para o estabelecimento de novas junções neuromusculares.

OBS: membrana basal: camada situada abaixo dos epitélios, geralmente formada pela fusão de 2 lâminas basais ou de 1 lâmina basal + 1 lâmina reticular, sendo mais espessa que uma lâmina basal isolada.

Especializações da Membrana Superficial das Células Epiteliais: microvilos, cílios, flagelos e estereocílios.

Classificação dos Epitélios:

1) Revestimento

2) Glandular