sexta-feira, 27 de maio de 2011

Roteiro Aula Prática

*Comparação dos nomes anatômicos e zootécnicos para a prova de segunda-feira!!! Boa sorte meu povo! (:
OBS: clique na foto para ampliar *-*
Pulmões:
OBS: esse aqui é um bônus pra quem não conseguiu pegar os desenhos que a prof. explicou em aula (:

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Anatomia (aula 11)

Sistema Respiratório: conjunto de estruturas cuja função primordial é a respiração, mas também atua na termorregulação e olfato.
Narina>Cavidade Nasal>Faringe>Laringe>Traqueia>Brônquios>Bronquíolos>Pulmões.
OBS:
- animais braquiocefálicos são aqueles que têm a maior parte dos ossos nasais compactados (ex: bulldog francês);
- hematose é a troca de gases respiratórios (O2 por CO2 nos alvéolos);
- são os alvéolos que fazem o pulmão ser aerado.
OBS: imagem retirada da internet.
Divisão do Sistema:
1) Porção Condutora: narinas>vestíbulo nasal>cavidade nasal>faringe>laringe>traqueia>brônquios>bronquíolos terminais.
2) Porção Respiratória: brônquios respiratórios>ductos alveolares>sacos alveolares>alvéolos pulmonares.
Mecanismo de Bombeamento: ar inspirado e expirado do sistema; composto por 2 sacos pleurais (câmaras de vácuo - amplitude e contração); localizado no esqueleto do tórax, músculos e diafragma.
I. Nariz: responsável pelo olfato; incorporado ao esqueleto da face; o formato varia de acordo com o animal: no equino o nariz é revestido por pelos, no cão/bovino/suíno é destacado no rosto. É constituída por cartilagens que são responsáveis pela sustentação formando a âncora acessória no cão/gato/suíno/bovino e cartilagem alar nos equinos.
II. Vestíbulo Nasal: porção mais rostral e dilatada das fossas nasais; presença de pêlos e glândulas que secretam muco (para umidificar o ar para os pulmões). Delimitação: rostral (narinas), ventral (coanas), dorsal e lateral (ossos), medial (vômer e septo).
III. Conchas Nasais: funções de olfação, filtração, aquecimento e umedecimento; entres as conchas encontram-se os meatos nasais e o vômero nasal.
OBS: Grau de Olfação: macrosmáticos (alta capacidade de sentir cheiro - ex: cães e gatos); microsmáticos (baixa capacidade de sentir cheiro - ex: humano); anosmáticos (não sentem cheiro - ex: aves exceto as de rapina, beija-flor e baleia).
IV. Faringe: liga a cavidade nasal à laringe; funções: orofaringe (digestória) e nasofaringe (olfatória).
V. Laringe: liga-se com a traqueia; funções: passagem do ar, fonação e proteção. OBS: o suíno come e repira ao mesmo tempo. É na laringe que se encontra a epiglote. É formada por cartilagens: ímpares (epiglote, tireóide e cricóide) e pares (aritenóides, corniculadas e cuneiformes). Músculos: extrínsecos (move toda a laringe - liga cartilagens à estruturas vizinhas) e intrínsecos (move parte da laringe - liga cartilagens à cartilagens).
VI. Traqueia: presença de glândulas que abrem no lúmem; transporta ar (da laringe aos brônquios); divisão feita em torácica e cervical; possui bifurcação.
VII. Brônquios: primeiras ramificações da traqueia (brônquio principal); brônquios lobares; brônquios segmentares; brônquios subsegmentares.

http://oncologia12b.do.sapo.pt/CancroPulmao/cancropulmao.html
VIII. Bronquíolos: intralobulares (bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares).
IX. Saco Alveolar e Alvéolos: últimas porções da "árvore".
X. Pulmões: função de respiração; tem colorção rósea avermelhada; localização: tórax; separados em segmentos chamados lobos pulmonares (diferença entre os animais).
OBS: clique na imagem para ampliar.
Vascularização e Inervação:
VD>tronco pulmonar>aa pulmonares direito/esquerdo>pulmões
veias pulmonares>AE>nervo vago e ramo do nervo>plexo pulmonar

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Anatomia (aula 10)

Sistema Nervoso: é o sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação dos órgãos, e constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano (ou outro animal) é vulgarmente tratado de sistema nervoso. Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e desempenham papéis importantes na coordenação motora. Todas as partes do sistema sensorial de um animal são feitas de tecido nervoso e seus estímulos são dependentes do meio.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso

Divisão:
1) Sistema Nervoso Central: dentro de um arcabouço de ossos. Constituído por: encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula (vértebras - canal medular).
2) Sistema Nervoso Periférico: parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central. Constituído por: nervos (craniais e espinhais), terminações nervosas (receptores e efetores) e gânglios.

Funções:
1) Somático: aferente (sensitivo), eferente (motor).
2) Visceral (Sistema Nervoso Autônomo): aferente (sensitivo – leva a informação), eferente (motor – resposta). É dividido em Simpático (toracolombar) e Parassimpático (craniosacral).

Divisão Embriológica: a origem do sistema nervoso é o ectoderma, pois seu espessamento forma a placa neural que produz o sulco neural que passa pelo tubo neural. A divisão se dá por 3 vesículas: prosencéfalo (dá origem ao cérebro através da divisão do prosencéfalo em telencéfalo e diencéfalo); mesencéfalo (que continua mesencéfalo); romboencéfalo (através de sua divisão em metencéfalo e mielencéfalo viram cérebro/ponte e bulbo respectivamente).
As cavidades são denominadas ventrículos: laterais (derivam do telencéfalo), terceiro ventrículo (deriva do diencéfalo), quarto ventrículo e o arqueduto.

Cerebelo: porção do encéfalo (derivado do metencéfalo) que tem por função o equilíbrio, aprendizagem motora e controle do tônus muscular; possui hemisférios cerebelares; possui substância branca e cinza; localizado dorsalmente ao bulbo e à ponte.

http://neuralsystem.blogspot.com/
OBS: é um encéfalo humano, infelizmente não achei um de cão ):

Telencéfalo: possui hemisférios cerebrais direito e esquerdo separados pela fissura longitudinal do cérebro; possui corpo caloso e 3 pólos: occipital, frontal e temporal.

Medula Espinhal: porção do sistema nervoso central; é uma massa cilíndrica; o bulbo é encontrado cranialmente e o limite caudal é o cone medular (filamento terminal), sendo finalizado pela cauda equina. Divisão: cervical, torácica, lombar, sacral e caudal.
Meninges: membranas fibrosas que envolvem e protegem o cérebro e a medula. Tipos: 1) Leptomeninge (fina): pia-máter (membrana mais interna) e aracnoide (grudada na dura-máter é o espaço subdural, aracnoide é dividido em 2 partes a + interna é subaracnóideo, em que encontra-se o LÍQUOR). 2) Paquimeninge: dura-máter (+ espessa e superficial – é um tecido conjuntivo rico em colágeno tornando-o resistente).
OBS: meninges espinhais.
OBS: meninges cranianas.
Sistema Nervoso Periférico: formado por gânglios (grupos de corpos de neurônios fora do sistema nervoso central); ocorre dilatação de nervos e raízes nervosas.
Nervos: cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas, unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos reforçados por tecido conjuntivo, axônios, feixes de fibras nervosas e nervos. Bainhas conjuntivas: epineuro (+ externo), perineuro, endoneuro (+ interno).
Tipos: 1) Nervos Cranianos: emergem do encéfalo (12 pares)*.
* I Par: olfatório, II Par: óptico, III Par: oculomotor, IV Par: troclear, V Par: trigêmio, VI Par: abducente, VII Par: facial, VIII: vestíbulo-coclear, IX Par: glossofaríngeo, X Par: vago, XI Par: acessório, XII Par: hipoglosso.
2) Nervos Espinhais: emergem da medula (pares de acordo com o número de vértebras).

Neurônio: célula do sistema nervoso; conduz impulsos por irritabilidade e condutibilidade. Divisão: corpo celular (sistema nervoso central ou gânglio), prolongamentos (dendritos e axônios).
Tipos: multipolar (mais comum), bipolar (via óptica e olfatória) e pseudounipolar (encontrada na via aferente). Funcional: sensitivo (recebe o estímulo – bipolar;pseudounipolar), motor (envia resposta - multipolar), associação (integra a via sensitiva e motora – pseudounipolar, é a que leva a mensagem ao sistema nervoso central/encéfalo, provocando consciência/reflexo).
Arco Reflexo: mover de volta, caminho percorrido pelo estímulo do receptor (aferente - sensitivo) até o efetor (eferente - motor). R–E = receptor – efetor. Componentes: receptor, neurônio sensitivo (aferente - receptor), sinapse, neurônio efetor (eferente - motor). Tipos: 1) Arco Reflexo Simples (somático VOLUNTÁRIO – músculo estriado esquelético). 2) Arco Reflexo com Neurônio de Associação (somático VOLUNTÁRIO). 3) Arco Reflexo Visceral (com gânglio).



Sistema Nervoso Visceral (INVOLUNTÁRIO): fibras aferentes (conduzem impulso – aferente, é inconsciente), impulsos viscerais (tornam-se conscientes). A sensibilidade visceral é mais difusa que a somática. Funções: aferente (sensitivo – conduz impulsos) e eferente (motor – musculatura lisa, estriada cardíaca e glândulas).
Sistema Nervoso Autônomo: faz parte do sistema nervoso visceral. Tipos: 1) Simpático: tóraco-lombar; pré curta e pós longa; corresponde a luta e fuga. Substâncias Farmacológicas: adrenalina e noroadrenalina. 2) Parassimpático: crânio-sacral; pré longa e pós curta; corresponde ao freio. Substância farmacológica: acetilcolina.

Diferenças entre os 2 tipos de sistema nervoso periférico:
S.N.Somático X S.N.Visceral
m.esquelético m.cardíaco/m.liso/glândulas
VOLUNTÁRIO INVOLUNTÁRIO
1 neurônio 2 neurônios
SNC – efetor SNC – efetor

(pré SNC, pós gânglio)

Anatomia (aula 9)

Músculo: responsável pelos movimentos corporais. Constituído por células alongadas com filamentos citoplasmáticos responsáveis pela contração. Nos mamíferos existem 3 tipos principais: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético.
http://www.webciencia.com/11_28musculos.htm

1) Músculo Liso: aglomerado de células fusiformes (um núcleo central) sem estrias transversais; contração lenta e involuntária; visceral. Ex: estômago, intestino, bexiga, traqueia, esôfago.
2) Músculo Estriado Cardíaco: células alongadas e ramificadas; apresenta estrias transversais; contração vigorosa, involuntária e rítmica. Ocorre no coração (miocárdio). Um único núcleo no centro da célula com discos intercalares para sustentar a musculatura.
3) Músculo Estriado Esquelético: células multinucleadas (núcleos encontrados nas periferias da célula) cilíndricas alongadas; com estrias transversais; contração rápida, voluntária e vigosa. Ex: face, braços, pernas, língua, etc.

Constituição do Músculo:
actina e miosina -> filamentos -> miofibrilas -> fibra muscular -> músculo
OBS: O revestimento do músculo estriado esquelético se dá por fibras musculares denominadas: endomísio (tecido conjuntivo que reveste e protege - + interno), perimísio e epimísio (fibras agrupadas - + externo). Se for no músculo estriado esquelético: endocárdio (parede interna), miocárdio e epicárdio (externa).
Sarcômero (miômero): é um dos componentes básicos do músculo estriado que permite a contração muscular. Cada sarcómero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quais actina e miosina, alinhados em série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior das células musculares. As proteínas dos sarcómeros organizam-se em bandas com características particulares, que ao microscópio dão um aspecto estriado ao músculo esquelético e ao músculo cardíaco. O músculo liso organiza-se de uma forma diferente, e não possui sarcómeros.

http://www.afh.bio.br/sustenta/Sustenta4.asp

Componentes Anatômicos: ventre, tendão, aponeurose (tendão laminar).
Estruturas Anexas: sesamóides (desviam o tendão afastando-o do osso), retináculos (agrupam tendão e osso), bainha sinovial (envoltório do tendão), bolsa (amortecedor entre os ossos e tendões).
OBS: a bainha sinovial e a bolsa servem para proteger e possuem o líquido sinovial para amortecer movimentos.
OBS: Fascia Muscular é a bainha conjuntiva responsável pela contensão do músculo durante a contração, permitindo melhor deslizamento entre eles.
Classificação por:
1) Número de Cabeças: cabeças independentes e cauda em comum. Tipos: bíceps (2 cabeças cada uma ligada ao seu tendão com um tendão na cauda); tríceps; quadríceps (ex: coxa).
2) Número de Ventres: ventres musculares ligados por uma intercecção tendínea terminados por tenção. Tipos: digástrico (ex: músculo da mandíbula que tem 2 ventres); poligástrico (abdômen). 3) Ação e Reação: agonista (músculo que inicia o movimento - ex: bíceps braquial); antagonista (se opõe ao movimento inicial - ex: tríceps); sinergista (colabora no movimento - ex: músculo braquial); fixadores (músculos que sustentam e fixam a articulação); extensor (craniolateral); flexor (médiocaudal).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Histologia (aula 6)

Tecido Muscular: tecido caracterizado pela sua contratilidade comandados pelo sistema nervoso (capacidade de se contrair segundo estímulos utilizando ATP) e pela sua excitabilidade ( capacidade de responder à estímulos nervosos).

As células desse tecido são de origem mesodérmica e alongadas com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos. Essas células são os mioblastos (célula jovem) que se tornam miócitos (célula adulta). Os componentes das células musculares são: sarcolema ("membrana celular"), sarcoplasma ("citoplasma") e retículo sarcoplasmático ("retículo endoplasmático"). O tamanho dessas células é variável dependendo da idade, sexo, dieta, raça etc.
Existem 2 tipos de Tecido Muscular: o estriado (esquelético e cardíaco) e o liso.

1) Tecido Muscular Estriado Esquelético: é o músculo que envolve os ossos formado por fibras musculares cilíndricas, finas e que possuem células alongadas multinucleadas (miócitos/fibras musculares) com núcleos periféricos de contração rápida, forte e VOLUNTÁRIA. Ex: músculos da face, braços, pernas, lingua etc. Há grande quantidade de mitocôndrias nessas células, pois necessita gerar grande quantidade de energia (ATP) para poder contrair-se.
O Tecido Conjuntivo que envolve os músculos é chamado de fáscia (epimísio). Curiosidade: quando há rompimento de algum ligamento do joelho, a fascia lata é utilizada para reconstruir esse ligamento rompido ou para construir um novo ligamento.
Fibras Musculares: epimísio (tecido que envolve as fibras musculares - fascia), perimísio (tecidos que divide a fibra em feixes, envolvendo-os), endomísio (tecido que envolve as células musculares - lâmina basal).
Tipos de Fibras Musculares:
1) Tipo I (vermelha/fibra lenta): contém mioglobina (proteína responsável pelo armazenamento de oxigênio e pela cor vermelha); rica em sarcoplasma; contrações contínuas; ocorre em mamíferos marinhos e em aves migratórias. Ex: pato, ganso, falcão, baleia, golfinho etc.
Curiosidades: Nas aves migratórias está presente principalmente no peito, pois ficam muito tempo voando, necessitando então de maior reserva de oxigênio nessa região.
2) Tipo II (branca/fibra rápida): divididas em subtipos A, B e C; contrações rápidas e descontínuas.
O Movimento: As fibras musculares são altamente vascularizadas; cada fibra muscular apresenta contato com uma terminação nervosa (nervo). O contato da fibra muscular com a fibra nervosa é chamado de Placa Motora. O citoplasma é preenchido por miofibrilas paralelas responsáveis pela contração muscular, cada miofibrila pode ser chamada de sarcômero: um dos componentes básicos que permite a contração muscular e constituído por um complexo de proteínas (actina e miosina - o deslizamento da primeira sobre a segunda refere-se à contração muscular). O cálcio é importante para a contração, pois facilita esse deslizamento.
A Sinapse: região de comunicação entre o neurônio e a célula muscular através de neurotransmissores. As estruturas (neurônio e célula muscular) estão próximas, mas o contato físico não ocorre. Há um espaço entre elas (fenda sináptica) em que os neurotransmissores (acetilcolina - acetilCOA) são liberados pelo axônio estimulando os receptores, assim transmitindo o impulso nervoso. A acetilcolina é responsável por levar a informação de contração aos receptores, o cálcio ajuda a liberar a acetilcolina.
OBS1: Acetilcolinesterase: controla a produção de acetilcolina através da quebra desta; existentes nas hemácias; sinapses (terminações nervosas) e músculos estriados.
OBS2: Botulismo: causado por uma bactéria chamada Clostridium botulinum, que em ambientes de pouco oxigênio produz a toxina botulínica, que causa paralisia muscular (a toxina bloqueia os receptores da acetilcolina, impedindo o contato entre eles, assim a informação de contração não chega e as fibras musculares permanecem relaxadas (paralisadas) fazendo com que o animal morra por falta de ar.
2) Tecido Muscular Estriado Cardíaco: forma a camada muscular do coração, conhecida por miocárdio.
Comparação entre músculos estriados esquelético e cardíaco = ambos são estriados e possuem filamentos de actina e miosina que são utilizadas no movimento (contração que consiste no deslizamento da actina sobre a miosina). O músculo cardíaco possui contrações INVOLUNTÁRIAS controladas pelo sistema nervoso autônomo e o músculo esquelético possui contrações VOLUNTÁRIAS controladas pelo sistema nervoso central.
3) Tecido Muscular Liso: é a musculatura de contração INVOLUNTÁRIA E LENTA, composta por células fusiformes mononucleadas. Ocorre em órgãos cavitários (trato gastrointestinal - traqueia, esôfago, estômago, intestino e bexiga), em vasos sanguíneos, útero e onde ocorrer contrações peristálticas. As células do músculo liso podem também reagir a estímulos vindos de células vizinhas ou a hormônios (vasodilatadores por exemplo), nessas células os canais de cálcio induzem a contração.
A principal diferença entre o tecido muscular liso e esquelético é a contração. No liso é INVOLUNTÁRIA (comandada pelo sistema nervoso autônomo) e no esquelético é VOLUNTÁRIA (comandada pelo sistema nervoso central).

Histologia (aula 5)

Tecido Adiposo: tipo especial de tecido conjuntivo com predominância de uma célula denominada adipócito.

Características: células bem unidas; pouca matriz extracelular produzida (colágeno); responsável pelo depósito de energia (gordura, triglicerídeos - entre as refeições); presente em vários locais do organismo: tecido subcutâneo, perienal, pericárdio, cavidades abdominal e torácica, mesentério; originam-se de lipoblastos (mesênquima). EM QUANTIDADE VARIADA!
Adipócito: célula do tecido adiposo que se origina através do lipoblasto. Suas funções são produção de energia, modelamento da superfície cutânea, absorção de impactos, isolamento térmico, posicionamento de vísceras e preenchimento de espaços.
Tipos de Tecido Adiposo: NÃO OCORRE TRANSFORMAÇÃO DE UM TIPO EM OUTRO!
1) Amarelo (comum/unilocular): possui uma única gotícula de gordura no citoplasma; tecido bem vascularizado; uma de suas funções é o isolamento térmico.
Características: coloração branco amarelada (dependendo da espécie/dieta); formação do panículo adiposo (capa de gordura subcutânea - sob a pele); células grandes sustentadas por lâmina basal e fibras reticulares (vasos e nervos - grande vascularização e inervação). GANHA-SE COM O TEMPO!
Histofisiologia: origem dos triglicerídeos pela absorção alimentar (quilomícrons - capilares linfáticos e sanguíneos que provocam a lipase nos adipócitos), A hidrólise de triglicerídeos é feita por estímulos nervosos e hormonais, liberando triglicerídeos no sangue que se ligam com a albumina (sangue) sendo assim fonte de energia para tecidos e órgãos. Obtem-se insulina (hormônio pancreático) pela síntese de ácidos graxos a partir da glicose e penetração da glicose na célula adiposa. Outros hormônio que reagem são: do crescimento, glicocorticóides, prolactina e da tireóide (T3 e T4). Ordem da mobilização de gordura: subcutâneo, mesentério e peritônio.
2) Marrom/Pardo (multilocular): contém várias gotículas de gordura de tamanhos variados no citoplasma; é mais vascularizado que o amarelo.
Características: coloração parda (por causa da alta vascularização); contato direto com terminações nervosas; NÃO OCORRE NEOFORMAÇÃO APÓS O NASCIMENTO; importante para animais que hibernam; termorregulação em seres humanos recém nascidos (produção de calor através da substância termogenina - hormônio noroadrenalina acelera a oxidação de ácidos graxos) para o aquecimento do sangue sem ativação de ATP; caso necessário, mobilização de gordura em períodos de transferência para outros tecidos a fim de ser utilizado como energia, casos: jejum prolongado, frio e atividades intensas.
Hibernação: ocorre ativação do tecido adiposo multilocular; “acendedor” de outros tecidos; importante em animais selvagens; humanos - proteção do recém-nascido (termorregulação).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Histologia (aula 4)

Células do Tecido Conjuntivo: fibroblastos e fibrócitos; macrófago, mastócito e plasmócito (tipos de leucócitos); adipócitos.

Fibroblastos: células alongadas com alto poder de migração, principal produtor de colágeno e sintetizador de fibras colágenas, reticulares e elásticas, proteoglicanos e glicoproteínas. Há a proliferação em casos de inflamação e cicatrização.

Fibrócito: forma adulta do fibroblasto, célula de reserva com função de produção de colágeno caso necessário. É uma célula menor com menos prolongamentos e se preciso, por estímulo, pode sintetizar fibras de colágeno assumindo a estrutura do fibroblasto. Ex: Miofibroblasto - presentes na cicatrização, através de contrações, faz com que a cicatriz seja a menor possível.

Macrófago: presentes em tecidos muito propensos à patógenos: fígado, intestino, pele, pulmão, trato gastrointestinal. Com função de eliminar patógenos e tecido morto por fagocitose. Atua em processos imunológicos, presentes em locais estratégicos sinalizam a presença de corpos estranhos, ativando o processo imunológico (outras células produzem o anticorpo). Os macrófagos formam o sistema fagocitário mononuclear = monócitos (célula precursora produzida na medula óssea, baço e linfonodos) + macrófagos.

Mastócitos: células de proteção ativadas em processos alérgicos. Contém grânulos no citoplasma e se originam na medula óssea, abundantes na pele e no intestino - localização perivascular. Produz histamina (substância que gera vasodilatação para maior chegada de células de defesa pelo sangue/impede a produção de muco e aumento de produção de ácidos no estômago), heparina (evita coagulação), sulfato de condritina e fator quimiotático de eosinófilos na anafilaxia.

Plasmócitos (linfócito B): células redondas responsáveis pela produção de anticorpos, pouca quantidade na maioria dos tecidos conjuntivos, abundantes na mucosa intestinal (por causa da penetração de bactérias e proteínas estranhas), núcleo em posição excêntrica, secretam anticorpos (imunoglobulinas).

Adipócitos: são células que armazenam lípidos e regulam a temperatura corporal.

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Tipos de Tecido Conjuntivo:
1) Frouxo: tecido muito comum que preenche espaços entre as fibras e feixes musculares e é a camada em torno de vasos; tecido delicado, flexível e pouco resistente encontrado em camadas superficiais da derme servindo de apoio para epitélios.
2) Densos: fibras compactas bem resistentes e menos flexíveis encontradas por exemplo nos tendões e na derme. Existem 2 tipos: modelado (feixes paralelos - tendões) e não modelado (feixes sem orientação fixa - derme).

Características do Tecido Conjuntivo: sustentação, preenchimento, armazenamento, transporte, defesa e reparação tecidual (cicatrizes). Sistema imunológico e processo inflamatório.

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OBS:
SENSIBILIDADE DO TECIDO CONJUNTIVO
- Cortisol: inibição da síntese de colágeno.
- Hipotireoidismo: acúmulo excessivo de proteoglicanos.
- Deficiência de vitamina C (escorbuto): inibição da síntese de colágeno por fibroblastos.
- Colagenase (enzima): produzida por células do conjuntivo e bactérias específicas (Clostridium – gangrena gasosa).

Histologia (aula 3)

Tecido Conjuntivo
originado no mesênquima, com a principal função de preencher espaços vazios e fazer a ligação de órgãos e de tecidos diversos, sustentação, transporte e defesa.
As características do tecido conjuntivo são o oposto do epitelial = células bem separadas e MUITA matriz extracelular.

A matriz é formada por 3 partes: fibras (colágenas, reticulares e elásticas), substância fundamental (glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas) e camada de solvatação (água).

Fibras: todas são formadas por colágeno (proteína mais abundante). Existem vários tipos de colágeno nomeadas pelo número. Ex: a mais comum é encontrada no tendão que é do Tipo I. As células que produzem o colágeno são denominadas fibroblastos (pele, tendão, ligamento), odontoblastos (dentes), condroblastos (cartilagem), osteoblastos (ossos) etc, e as fibrilas são pequenas estruturas que formam as fibras.
Fibras Colágenas: compostas pela proteína colágeno. Localizam-se geralmente em tendões e em volta de músculos ou nervos. Na derme, são as fibras colágenas que dão resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue quando esticada. Ex: a pele do boi é mais rígida que a humana, pois p colágeno da derme é mais rígido.
Fibras Reticulares: mais finas e delicadas que proporcionam rigidez formando apoio para as células (rede). Formam o arcabouço de sustentação. Ocorrem em tecidos maciços e em órgaos que tem relação com o sangue, como a medula óssea vermelha, o baço e os linfonodos. São importantes em órgãos que apresentam modificações fisiológicas, como artérias, útero, baço, intestino.
Fibras Elásticas: compostas por elastina (glicoproteína), fibras elaunínicas (pele) e oxitalânicas (tendões). São produzidas nos fibroblastos e células musculares lisas e são responsáveis pela elasticidade do tecido, prendendo a pele aos músculos subjacentes como por exemplo: nos pulmões, parede dos vasos sanguíneos, pele, bexiga, útero, vagina, ânus. Na derme, quando puxamos a pele e depois a soltamos, são as fibras elásticas as responsáveis por devolver à pele sua forma inicial. O rompimento dessas fibras na pele resultam no aparecimento das estrias.

Substância Fundamental: (faz parte da matriz extracelular) gel incolor muito hidratado que preenche os espaços entre as células e as fibras do tecido conjuntivo. Ocorre mais em cartilagem e é veículo para passagem de íons e moléculas e também é barreira contra microorganismos. É constituído por proteoglicanos, glicosaminoglicanas sulfatadas (resistem às forças de compressão - constituição de ossos longos), glicoproteínas adesivas (fibronectina e laminina - adesão entre as células e presentes na lâmina basal), colágeno e GAGs.

Histologia (aula 2)

Tecido Conjuntivo: diversos tipos de células, separadas por abundante material intercelular, sintetizado por elas. A riqueza em material intercelular é uma de suas características mais importantes. A combinação de proteínas fibrosas (fibras colágenas, reticulares e elásticas – parte estruturada) com substância fundamental amorfa (SFA – parte não estruturada) constitui a matriz extracelular. Presença de fluído tecidual banhando as células, fibras e SFA.

Origem: mesoderma -> mesênquima -> tecido conjuntivo

Funções: sustentação, preenchimento, defesa do organismo, nutrição e transporte, armazenamento, reparação.

Células: fibroblastos e fibrócitos (produção de moléculas da matriz extracelular = fibras e SFA), macrófagos (fagocitose de substâncias estranhas e bactérias, processadora e apresentadora de antígenos, secreção de citocinas e fatores quimiotáticos que participam da inflamação) e sistema fagocitário mononuclear, mastócitos (liberação de moléculas farmacologicamente ativas, participação em reações alérgicas), plasmócitos (produção de anticorpos), leucócitos, adipócitos (estocagem de gordura neutra, reserva de energia, produção de calor).

Fibras: colágenas, reticulares e elásticas.

Substância Fundamental Amorfa (SFA): mistura molecular complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas. Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo, é viscosa, incolor e atua como lubrificante e como barreira à penetração de microorganismos invasores.

OBS: glicoproteínas multiadesivas = compostos de proteínas ligadas às cadeias de glicídios que se ligam com proteínas receptoras (integrinas) presentes na superfície das células, bem como outros componentes da matriz, fornecendo força tênsil e rigidez à matriz.

OBS 2: além da SFA existe nos tecidos conjuntivos uma pequena quantidade de fluído tecidual que é semelhante ao plasma sanguíneo quanto ao seu conteúdo em íons e substâncias difusíveis.

Tipos de Tecidos Conjuntivos: propriamente dito (frouxo, denso modelado e não modelado), com propriedades especiais (adiposo, elástico, reticular e mucoso), de suporte (cartilaginoso e ósseo).


Tecido Cartilaginoso: flexibilidade e resistência.

Células (Histogênese): células mesenquimatosas indiferenciadas retraem-se, multiplicando-se e formando aglomerados de condroblastos, provocando a síntese da matriz, separando os condrocitos dentro de lacunas por material extracelular, mantendo a integridade da matriz cartilaginosa.

OBS: a diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia; o mesênquima superficial forma o pericôndrio (tecido conjuntivo denso rico em fibras colágeno tipo I na superfície e em células condrócitos à medida que se aproxima da cartilagem).

Funções do Tecido Cartilaginoso: suporte de tecidos moles; revestimento de superfícies articulares (absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações); é essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos (ossificação endocondral) na vida intra uterina e após o nascimento.

Constituição: 1) da matriz extracelular: SFA (macromoléculas de proteoglicanos + ácido hialurônico + glicoproteínas). 2) das fibras: colágenas e elásticas. Dão flexibilidade (colágeno + elastina), consistência firme (glicosaminoglicanos sulfatados + colágeno) e turgidez (grande quantidade de moléculas de H2O presas aos glicosaminoglicanos). 3) dos condroblastos: revestem a cartilagem hialina (exceto articulares) e elásticas; ausente em cartilagens fibrosas; fonte de novos condrócitos para o crescimento da cartilagem; responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos das cartilagens, por conter vasos sanguíneos e linfáticos inexistentes no tecido cartilaginoso.

Tipos de Cartilagem: dependendo do tipo de fibras colágenas e da presença ou não de fibras elásticas, a cartilagem pode ser: 1) hialina (azul na lâmina, presente no disco epifisário, parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, extremidade ventral das costelas, recobre as superfícies articulares dos ossos longos); 2) elástica (rosa na lâmina, encontrado no pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote, cartilagem cuneiforme e corniculada da laringe); 3) fibrocartilagem (tecido conjuntivo denso, presença de fibroblastos e condrócitos intermediários ao tecido conjuntivo denso e cartilagem hialina, presença de SFA, fibras colágenas tipo I, ausência de pericôndrio; encontrada em discos intervertebrais, pontos de tendões e ligamentos que se inserem nos ossos e na sínfise pubiana).

OBS: os discos intervertebrais: localizados entre os corpos das vértebras e unidos a elas por ligamentos; formados por 2 componentes: anel fibroso e núcleo pulposo (o jovem tem mais e vai sendo substituído por fibrocartilagem); funcionam como coxins lubrificantes que previnem o desgaste dos ossos e vértebras durante movimentos; o núcleo pulposo, rico em ácido hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se fosse uma almofada, protegendo as vértebras contra impactos.

Regeneração: a cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade e, frequentemente, de modo incompleto, salvo em animais jovens . No animal adulto, a regeneração se dá pela atividade do pericôndiro que, havendo fratura, as suas células invadem a área fraturada e dão origem ao tecido cartilaginoso que repara a lesão ou, quando a área destruída é extensa, o pericôndrio, em vez de formar o novo tecido cartilaginoso, forma uma cicatriz de tecido conjuntivo denso.

Histologia (aula 1)

Tecido Epitelial: células poliédricas, justapostas; pouca substância intercelular; capacidade de coesão.

Origem: 1) ectodérmica: pele e algumas cavidades naturais; 2) endodérmica: tubo digestivo, inclusive suas glândulas (pâncreas e fígado) e árvore respiratória; 3) mesodérmica: rim e endotélio dos vasos.

Funções: revestimento de superfícies (epiderme e epitélio do ovário), revestimento e absorção (epitélio do intestino), secreção (glândulas), sensorial (epitélios), contração (células mioepiteliais).

Características Gerais dos Epitélios: células epiteliais, ausência de substância intersticial, presença de lâmina basal (lâmina reticular e membrana basal), coesão entre as células*, polaridade das células.

*A coesão entre as células são dadas pelas seguintes estruturas: 1) glicoproteínas do glicocálice; 2) íon cálcio (proteínas da família da caderina que são inativadas na ausência de Ca2+); 3) junções intercelulares: estruturas associadas à membrana plasmática que contribuem para a coesão e comunicação entre as células. São feitas por caderinas ou por outras estruturas como junções estreitas ou zônulas de oclusão (impedem o movimento de materiais entre as células = vedação), junções comunicantes ou junções GAP (formadas por proteínas = conexinas que se organizam em hexâmeros em torno de um poro hidrófilo = conexon), desmossomo ou mácula de adesão (em forma de disco, proteínas da família da caderina participam da adesão provida pelo desmossomo e inativado na ausência de Ca2+), hemidesmossomo (encontrados na região entre as células epiteliais e a lâmina basal, as placas de ancoragem possuem proteínas da família da caderina).

OBS: no ponto de vista funcional, as junções podem ser classificadas como junções de adesão (zônulas de adesão, desmossomo, hemidesmossomo), junções impermeáveis (zônulas de oclusão) e junções de comunicação (junções GAP comunicantes).

Lâmina Basal: superfície de contato entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo; visível ao microscópio eletrônico; constituída por colágeno tipo IV, glicoproteínas e proteoglicanos; quando intimamente associada às fibras reticulares do tecido conjuntivo forma a lâmina reticular. Funções: papel estrutural nas células; regula a proliferação e diferenciação celular, ligando-se à fatores do crescimento; influencia no metabolismo celular; organiza as proteínas das membranas plasmáticas de células adjacentes, afetando a transdução de sinais através destas membranas; serve como caminho e suporte para a migração de células; necessária para o estabelecimento de novas junções neuromusculares.

OBS: membrana basal: camada situada abaixo dos epitélios, geralmente formada pela fusão de 2 lâminas basais ou de 1 lâmina basal + 1 lâmina reticular, sendo mais espessa que uma lâmina basal isolada.

Especializações da Membrana Superficial das Células Epiteliais: microvilos, cílios, flagelos e estereocílios.

Classificação dos Epitélios:

1) Revestimento

2) Glandular

sábado, 9 de abril de 2011

Bioquímica (aula 1)

MEIO AQUOSO
I) INTRODUÇÃO: ÁGUA
A vida em nosso Planeta desenvolveu-se em torno da água.
Água, está presente no meio interno e externo.
Os primeiros seres vivos eram aquáticos.
Variações de água de espécie para espécie:
Esporos de bactérias 50%
Espécie Humana 70%
Medusa (água viva) 98%
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II) ESTRUTURA MOLECULAR DA ÁGUA
H2O – moléculas isoladas só existem em temperaturas superiores a 600°C. Abaixo destas temperaturas a água se associa em grupos de 2,4,6,8...n moléculas.
Na molécula de água, o átomo de oxigênio, sendo mais eletronegativo, atrai o par de elétrons da ligação covalente para a sua proximidade. Isto acarreta a uma polarização na molécula de água. Portanto dizemos que a água é uma substância polar. Mais precisamente a molécula de água é um dipolo elétrico, pois do lado do oxigênio é negativa e do lado do hidrogênio positivo.
Obs: Sendo a água em dipolo em um recipiente que contenha essa substância ocorrem interações entre as moléculas.
Ponte de Hidrogênio: forma-se sobretudo com elementos muito eletronegativos. (F, O, N).
Ex. H+ F- (ácido fluorídrico)
Ponte de H: energia de ligação: 4,5 kcal/mol
Ligação Covalente: 110 Kcal/mol
Água: 97% Oceanos e Mares
2,2% Geleiras
0,8% Água doce (rios, lagos e subterrâneos)
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III) PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA
Embora a água seja a substância mais abundante no nosso Planeta, apresenta propriedades “estranhas”. A água tem elevada capacidade dissolvente principalmente com substâncias polares.
A) PONTO DE EBULIÇÃO (P.E.)
O ponto de ebulição da água não segue a tendência do PE dos hidretos do grupo VI (H2S, H2Se, H2Te).
Tabela: Hidretos do Grupo 6A
MM PE (°C) PE (K)
H2O 18 100 373
H2S 34 - 60 213
H2Se 81 - 42 231
H2Te 129,5 0 273
Enquanto a Massa Molecular dos hidretos do grupo VI cresce, o ponto de ebulição também cresce (aumenta).
A água é diferente sua MM é menor e seu ponto de ebulição é maior.
B) DENSIDADE
Como se sabe a densidade de uma amostra é dada por: d = m/v
Obs.: Variações de tempera também provocam variações na densidade.
A água é diferente da maioria das substâncias, pois sofre variação de volume irregular com aumento da temperatura. Normalmente um aumento na temperatura prova aumento (dilatação) do volume e conseqüentemente diminuição da densidade.
Densidade Água d = 1,00g/cm3
t = 3,98° C
Gelo d = 0,99 g/cm3
t = 0° C
Passando para vapor d = 0,95 g/cm3
t = 100° C
O gelo flutua na água pois é menos denso.
C) VISCOSIDADE = 0,89 centipoise
É a propriedade que os líquidos tem de se opor aos movimentos.
Obs.: quanto maior a temperatura menor é a viscosidade.
D) TENSÃO SUPERFICIAL
A tensão superficial da água é elevada em relação a inúmeros líquidos (72,75 dinas/cm).
Ex: Benzeno 28,8
Acetona 23,7
Etanol 22,3
Ácido Acético 27,6
- As moléculas de água do fundo se anulam, pois são puxadas com a mesma intensidade, dando um resultante = zero.
- As moléculas da superfície são puxadas para baixo, mas como não se anulam, formando uma contração (tensão) da superfície da água.
Alguns seres vivos desenvolvem mecanismos adaptativos e aproveitam a superfície da água como habitat.
E) CALOR ESPECÍFICO
É a quantidade de calor necessária para elevar de 1°C, 1 grama de água: c = 1 cal/g°C
Em relação a outras substâncias o calor específico da água é elevado.
F) CALOR LATENTE DE VAPORIZAÇÃO (LV)
É a quantidade de calor necessária para vaporizar 1 g de água.(Lv = 539 cal/g)
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IV) PROPRIEDADES QUÍMICAS DA ÁGUA

SUBSTÂNCIAS DISSOLVIDAS NAS ÁGUAS NATURAIS:
1) Gases dissolvidos: O2 e CO2
A solubilidade de O2 na água é reduzida, o CO2 é 35 vezes mais solúvel, embora 700 vezes menos abundante no ar.
Ar: N2 78%
O2 21%
CO2 0,03%
Nas águas naturais temos oxigênio de origem:
a) EXOGENA: vem da atmosfera e fica na superfície.
b) ENDOGENA : vem do fito plâncton (algas) que realizam a fotossíntese.

Fatores que influem na concentração de gases dissolvidos nas águas naturais (CO2 e O2):
1) Temperatura : maior temperatura, menos gases dissolvidos. Pressão : maior pressão, maior quantidade de gases dissolvidos. Turbulência : > turbulência > quantidade de gases dissolvidos. Luz : + luz, + O2 gerado de modo endógeno (fotossíntese).
2) Íons H+: garantem acidez da água e depende principalmente da concentração de CO2.
H2O + CO2 H2CO3 H+ + HCO3-
3) Outros Íons: Na +, Ca2+, K+, Cl-, SO42-, NO3-, Mg2+
4) Matéria Orgânica: produzida da decomposição de seres vivos. Exs: lixões, esgotos, cotas, etc.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sociologia (aula 5)

História das Coisas: crítica ao ciclo de produção e à sociedade americana (usada como exemplo).

Processo Capitalista: consiste no consumo e descarte influenciado pela mídia.
Matéria Prima -> Produção -> Circulação -> Consumo = LIXO.

O ser humano passa a ser visto como uma coisa; interiorização da economia. Qual o valor das coisas???

História (relação sociopolítica pela sociedade econômica em que as corporações controlam a economia) das Coisas: social (condição das pessoas e trabalho), ambiental (sustentabilidade - renovação, reciclagem, social, LIXO).

O trabalho é visto como ponte de sobrevivência pelos humanos: "O homem se reproduz a si mesmo."
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Resumo do filme: O vídeo de aproximadamente 20 minutos problematiza os efeitos da produção industrial para o planeta, enfatizando suas conseqüências ao meio ambiente e à vida humana. O ponto de partida do vídeo é a dúvida sobre como são produzidas as coisas ou qual a origem delas? Busca-se descobrir através da análise do que acontece no mundo. O ciclo produtivo das coisas se divide em extração, produção de mercadorias e tóxicos, distribuição, lixo, consumo e lixo. Nesse ciclo destacam-se a produção do lixo e toxinas. Nesse contexto, destacam-se as pessoas que fazem parte do ciclo e geralmente não aparecem quando as etapas do ciclo de produção são consideradas. A produção se coloca no movimento entre produção e crise, entendendo que há um esgotamento dos recursos naturais e que tal sistema gera mais coisas do que a população necessita. O ciclo de produção se desenvolve a partir das relações sociais entre governo e as corporações (e o governo mantém uma posição de submissão), corporações e trabalhadores, lembrando a condição de exploração desse grupo. A crítica elaborada no vídeo é importante também porque corresponde a uma produção americana e os EUA são protagonistas do vídeo. O ciclo remete à relação entre sociedade e natureza, no sentido de que a produção das coisas depende dos recursos naturais e como parte do ciclo de produção há um esgotamento desses. Lembra-se da necessidade de planejamento de produção e diminuição do consumo, ponto chave de nossa sociedade. Desta forma, a venda da produção depende dos meios de comunicação, sobretudo da televisão, através dela recebemos a mensagem de que o consumo é o caminho da satisfação pessoal, da felicidade. O processo de globalização com a internacionalização do capital possibilita que uma mercadoria seja produzida em partes e em países diferentes, uma alternativa encontrada para baratear seu preço, o resultado disso é a desvalorização do trabalho humano e baixa durabilidade das mercadorias, estratégia necessária para manter o padrão de consumo.
A alternativa sugerida pelo vídeo é a capacidade de intervenção das pessoas, pois nas corporações, nos governos e na sociedade elas estão tentando reverter esse quadro seja por ações, seja propondo debates sobre os problemas causados pelo ciclo de produção. Além disto, a sustentabilidade aparece como uma das alternativas para cuidar dos recursos naturais.
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Questões que o vídeo sugere:
Quais as alternativas concretas para o problema da produção?
Qual a relação entre trabalho humano e sustentabilidade?
Qual a relação entre valor, trabalho, relações sociais e sustentabilidade?
Qual o lugar das relações sociais nesse processo?
Qual a relação entre produção e saúde?
Qual o papel dos profissionais de comunicação nesse processo?
Qual o papel dos profissionais sociais e de saúde no contexto demonstrado pelo vídeo?

Sociologia (aula 4)

A Desordem e a Nova Ordem (Laymert G. dos Santos)

Sociologia da tecnologia; relacionar a vida social com o desenvolvimento tecnológico (ciências biológicas e informação); a tecnologia como segunda natureza; a tecnologia não é utilizada quando necessitamos, faz da nossa sensibilidade e natureza. -> Sociedade da informação que desestrutura a sociedade moderna. "Aceleração da aceleração, miniaturização da produção tecnológica."

Debate: Realidade X Virtualidade: a tecnologia da informação é a fonte de energia.
Direito: modernidade, materialidade (propriedade privada, desequilíbrio, desajuste); produção imaterial (invisível, produzir mais com menos).

"A produção tecnológica pertence à Sociedade da Informação." -> Época da Fusão: tecnologia da informação, esferas da vida social.

PRIVATIZAÇÃO da informação: "a informação, a quem pertence?" -> Saber popular (domínio público coletivo): produzindo material de bens de consumo para a colonização do capital através de jogos de transações financeiras. "A vida e a natureza viram matéria prima da produção de tecnologia."

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: desenvolvimento tecnológico através do desenvolvimento social, econômico e ambiental. Para a sociedade da informação continuar, precisamos preservar os recursos naturais. -> RESPONSABILIZAÇÃO.
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Resumo do Livro:
O autor desenvolve suas idéias na linha da sociologia da tecnologia e pondera questões postas ao avanço tecnológico, aos seus efeitos para a vida em sociedade, questionando realidade e virtualidade, processo de produção e a noção de sociedade. O primeiro ponto considerado corresponde ao quanto nós conseguimos pensar sobre a transformação que reflete o processo de globalização. Há um debate geral sobre a “desmaterialização”, “desterritorialização”, “desenraizamento”, “desregulamentação”, “desreferenciação”... O exemplo do chip na vitrine na propaganda da IBM, sugere o “processamento de um circuito integrado”, remetendo ao “significado da informação como riqueza, como valor”. Nesse contexto se coloca a seguinte questão como é possível perceber que a tecnologia da informação é a nova riqueza da sociedade? Lembrando que a sociedade da informação desestrutura o modelo de sociedade “antiga”. A evolução tecnológica indica que “tudo está mais acelerado”. Segundo Fuller, há uma “aceleração da aceleração” e tal evolução acontece através de uma crescente miniaturização (se faz mais com menos), a relação entre os dois acontecimentos gera uma “efemeralização”. De tal forma, há um nível de realidade que é invisível, molecular, mas com grandes efeitos pra sociedade. A partir de 1970 a tecnologia se fundiu à indústria e a tônica da fusão alcança está presente em todos os setores, na informação digital, na biotecnologia, a reprodução humana passa por um processo de fusão com a genética, dando origem à reprogenética. A informação passou a ser "a medida de todas as coisas” sendo a riqueza principal da sociedade e sua referência é o molecular. A concepção ocidental de direitos entra em crise por que o indivíduo passa ao mesmo tempo a ser sujeito e objeto, isso é resultado da sociedade da informação. As transformações sociais ocorrem no plano molecular e alcançam o contexto global, o que gera um “regime de propriedade intelectual” concebido para intitular a apropriação dessa riqueza que é imaterial e concebida pela informação genética e informação digital. A conseqüência disto é que a riqueza biológica e os recursos naturais se apresentam como componentes, ou seja, a “matéria viva de todo o conhecimento a ela associado”. Os conhecimentos populares, tradicionais, coletivos são traduzidos em conhecimento molecular, eles são desestruturados, desarticulados. A “derradeira privatização” visa identificar o dono da informação genética, a vida é o componente a ser apropriado, controlado. A diferença faz a diferença tanto faz se é material ou imaterial. Segundo Jameson (1991), “por meio da informação genética e digital, o capital está colonizando não a dimensão da realidade virtual, mas a dimensão virtual da realidade”. O Interessante na atual sociedade é o processamento das coisas e o homem é o processador de informação, inclusive no tempo virtual. A concepção de sociedade pode ser substituída pela de socialidade, segundo Strathern, pois a concepção de sociedade remete à oposição indivíduo e sociedade. A concepção de socialidade considera a interrelação o tempo todo e se altera o tempo inteiro. O planeta real existe em complemento ao planeta virtual, o capital financeiro através do planeta virtual e, o mais importante não é produção de bens e serviço, mas sim o jogo das transações financeiras no planeta virtual e no planeta real. A realidade tecnológica interfere na nossa sensibilidade e natureza humana, pois há um deslocamento, encurtamento entre tempo e espaço, ela se configura como uma segunda natureza. E qual a relação dessa discussão com a ideia de sustentabilidade? Desenvolvimento sustentável acontece apoiado no tripé social, econômico e ambiental. Pensar nos recursos naturais que têm importância em um momento em que a vida e a natureza correspondem ao componente elementar para o desenvolvimento tecnológico. Do ponto de vista ambiental parece relevante pensar que a natureza aporta o desenvolvimento tecnológico e, na perspectiva econômica ela aparece como uma estratégia da produção material em contraponto ao esgotamento de produção depredador.